com meus pequenos pedaços de poesia sentes como é escrever as palavras? senti-las no corpo. arrancá-las do meu corpo e te entregar, para que as sintas chover em gotas de um amor tão doce (que por pouco não comiam-se). quero enfim, que o poema seja teu e sejamos o poema e eu seja a palavra e tu sejas a poesia. sentes como te percorro num poema?
quinta-feira, 29 de setembro de 2016
domingo, 25 de setembro de 2016
amados, amantes, amáveis...
Comece a achar que as coisas têm jeito. aprenda a puxar lá do fundo do sótão, o jeito de sorrir pros nãos da vida. mas se não conseguir, me deixa te dar colo, te dizer baixinho que tudo está bem quando acaba bem. me deixa adormecer essa tua inquietação, dar conta de todos os teus medos. garantir que, comigo por perto poderá fechar os olhos, descontrair os músculos. sei que estas preso dentro de si e que esse invólucro que apresenta é apenas uma pele seca que mais cedo ou mais tarde largará pelo caminho, quando achar lá à frente a tua esfera. quero o teu corpo com a pele da fantasia que me banhara nas tardes douradas com que nos brindará a primavera...
sexta-feira, 23 de setembro de 2016
Na segura certeza de que mal não te faz....
este que vou conhecendo,
que entra e sai do Som
do interior de mim
para o teu coração
e do interior do teu coração para mim.
este Som sangue que circula
nas nossas veias
e neste circuito completo que
somos nós,
damos um nó perfeito.
agradeço os lugares do Amor.
o Coração a pulsar.
Amor que também se revela nas pessoas de bom coração que eu posso sentir.
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
as evocações ganham um modo tão real....
era fina a linha que tracei
invisível aos mais desatentos. depois de fazê-la com muito cuidado fiz dela a fronteira entre mim e o espelho. fiz dela o traço entre o céu e a terra. a vida e a morte . o amor e o medo. a paz e a guerra. uma pele desconhecida
vem à tona . nos meus braços
era um fio de seda. uma teia fina
depois um novelo. uma lótus divina evoca a primavera e a aura era meu par...
terça-feira, 20 de setembro de 2016
os naufrágios são belos
arrepiou-se toda por ele entrar por seus olhos. num mundo tão instantâneo quem não se arrepiaria? sentiu-se desafiada e pensou: acolho-te mas podes arder! para a tua temperatura sou mercúrio, linhas de mão, lábio e sopro (no espaço de um sonho, todos os desejos). atravesso-te porque me atravessas e onde somos corsários rendemo-nos ao encanto da devolução....
domingo, 18 de setembro de 2016
espaço mágico do i n s t a n t e
a germin(ação) da alegria muitas vezes depende de uma pausa para o café. lá fora pássaros levam nas asas o movimento migratório entre as estações. há tempo de mostrar e tempo de guardar. viver é uma arte de ´dentro para fora e de fora para dentro´. movimentos cruzados, alimento que se põe na boca e se mastiga no tempo que vier. pode ser muito íntima a celebração do cotidiano....
segunda-feira, 12 de setembro de 2016
depois irei ali além das pontes...
vale
aparar
as arestas
ou então
reiniciar
um bom coração ? ......ela entende que o amor só sabe ser inteiro e grande. pode até chegar em pequenas porções num olhar que se reconhece, num conjunto de gestos que aproxima, num tom de voz que acalenta, num cheiro que chama, mas nem se engane, amor vem com autoplay, sozinho se monta e de peças vira todo. garantias, prazo, manual não tem não. mas durável ou não, ele é quase eterno, que nem luz de estrela que continua caminhando depois que ela já foi. um estado assim novo - de ânimo e de graça - assusta que arrepia, mas num sopro, dá alma.
domingo, 11 de setembro de 2016
agora e sempre....
saudades do meu pai com sua velha máquina de escrever. adorava aquele barulhinho vindo da sala e seu jeito concentrado. lembro-me também do cheiro do corretor, que saia da ponta do pincel sempre pronto a atuar quando a letra era a errada. ali tal como na vida havia sempre uma solução à distancia de um sopro para tudo ser mais rápido. gostava do papel carbono ele marcava mais as sensações. o pensamento. o silêncio e o turbilhão da mente... e o cartucho levou o que pôde apanhar ou deixou o que soube largar?? gosto de máquinas de escrever. principalmente a tua pai que tenho comigo......
Aparenta nada omitir....
com a coragem de quem
abre as mãos para
o que o inesperado espreita
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
é o nome que se dá à ausência
a proteção é necessária
desde que o medo seja preciso...
a solidão assusta
mesmo que a companhia desagrade...
o silêncio é mestre
cura o medo
e conforta o peito...
quinta-feira, 1 de setembro de 2016
É que existe a vida....
tenho os olhos seguindo o vento de dentro a vertigem da esquina depois da pele, onde o espírito de aventura se faz presente clamando por satisfação. deixo o peito descalço para que me ceifem às cega ( talvez não haja oportunidade imediata para saciá-lo, o que ocasiona um frenesi de imaginações) . o tempo tem várias cores, algumas vibrantes outras nem lembro(essa falta de cor, porém, eu sei de cor). tempo sem direção mas creio haver um sentido . na penumbra aprende-se o peso luminoso dos dias. segredo entrelaçado em cada linha que traço, a soma das questões que deixei abertas, o peso de tudo o que pressenti é o meu legado a peso de vento. tempo de lavrar solos e abrir espaço para que venham primaveras...
Assinar:
Postagens (Atom)