sexta-feira, 31 de maio de 2013

Sem causar alvoroço nem consequências






o gris do dia me acomoda. Mia Couto me circunda. palavras para se transcender o óbvio. me envolvo. aceito. luto. discordo. tudo se dá de um modo novo, prisma de mil cores. filmes me conquistam. os argentinos, em especial os de Campanella. riso, tragédia e toda sorte de alegrias fluidas. "O Filho da Noiva"  [aqui] vale uma taça de vinho tinto para brindar depois. tudo o que me cerca acende uma luz em mim. dessas que ofuscam e se bastam. não aquelas que piscam.
 tudo é comovente, até meu silêncio dolorido.






quinta-feira, 30 de maio de 2013

Se abrimos as mãos, o universo inteiro cabe nelas.






”Quando você vê o que ultrapassou, tem a impressão de que seguiu um enredo já escrito. Entretanto, no momento da ação, parece que está perdido em uma tempestade: uma surpresa atrás da outra, e muitas vezes sem tempo para respirar − sendo obrigado a tomar decisões o tempo todo. Só mais tarde irá compreender que cada surpresa, cada decisão, fazia sentido.”

Joseph Campbell, em “A arte de viver”.















[quando a fé brota ,
ela dá à luz
a esperança ]




Alinhava o verso










(..) o tempo vai cicatrizando as  feridas . e só muito mais tarde soube, pelo voo inquieto dos pássaros e pelos latidos do cão vizinho  que te espreitava, que o teu caminho não estava ainda encontrado, embora parecesses ter chegado quase à tona do labirinto.    a minha mais perfeita medida era o aperto do coração, esvaziado de outros sentires, que outrora apenas batia ao compasso do teu, como se um novo parto nos unisse outra vez e fôssemos só nós a decidir por que luta se morre ou se nasce.  
preferiria que o amor vencesse sempre.






´é uma luta fantasma
vazia, contra nada
não diz a coisa, diz vazio,
nem diz coisas,
é balbucio.´
João Cabral de Melo Neto