sábado, 30 de novembro de 2013

É o sentido sublime de uma sensação...






já ponderei 
o acaso inexplicável
da coincidência
inalterável.
mas existe um bem que
viola todos os
limites e instiga 
querer ser.
um mecanismo intuitivo qualquer
que apossa num segundo
toda a dimensão que
julgas válida de reconhecer
um certo feeling...
sabes??
claro que sim.
sabes sempre...




sexta-feira, 29 de novembro de 2013

E.... tudo parece parar num arrepio






(...)
vem me ensinar a falar,
vem me ensinar ter você
na minha boca agora mora o teu nome
é a vista que os meus olhos querem ter
sem precisar procurar nem descansar e adormecer
não quero acreditar que
vou gastar desse modo a vida
olhar pro sol só ver janela e cortina
no meu coração fiz um lar
o meu coração é o teu lar
e de que me adianta tanta mobília
se você não esta comigo
só é possível te amar
ouve os sinos, amor!
só é possível te amar
escorre aos litros, o amor...♫

nando reis





[músicas que se entrelaçam
e se sobrepõem.
 que ecoam
e que voltam
com o mesmo vigor
da primeira vez]






quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A transcendência em fatos comuns do cotidiano








Depois de ter passado o tempo de ser nocauteada e ter os ossos moídos junto aos sonhos, ela acorda sorrindo e percebe que mudou [tendo a ajuda de Camus falando da experiência de Sísifo que enquanto empurrava sua pedra inútil conseguia olhar para os grãos da rocha com deslumbramento]  Percebe então, que nem toda mudança precisa ser amarga, embora o que nos mova quase sempre seja a dor, esta parceira do imprevisto. Acorda e descobre do lado do avesso um espaço zen, uma espécie de paz interior que a adula e acaricia, como se a mãe voltasse a lhe pegar no colo. Neste dia, inexplicavelmente alegre, decidiu que o melhor a fazer numa manhã assim é plantar um girassol só para ver, dali a um tempo, sem angústia, dilema ou rejeição, que a vida dança a dança dos dervixes [o 'giro', meditação em movimento] e que a nossa entrega à vida é um ritual sem hoje nem amanhã. Sente que a felicidade pode ser o ato de movimentar -se como os girassóis , para lá e para cá, só pra ver onde começa e onde termina o dia sem pressa. Os acontecimentos não (nos) pertencem mais...
















quarta-feira, 27 de novembro de 2013

No vai-e-vem ...

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no canto da noite
caiem carícias perdidas
amarrotadas num
canto esquecido

escreve-se assim
a solidão
em traços isolados
no meu corpo


não chega o ar
a ficar rarefeito na
ausência de ti

gosto de gostar  

    

[podes ser
a companhia perfeita
do meu silêncio]