segunda-feira, 9 de março de 2015

o contrário do sonhado





eu já vi o tempo passar e pouca coisa mudar então mudei o rumo. pra que discutir? razão se conjuga ou no futuro ou no pretérito, sobretudo o imperfeito. o presente não dá tempo. então, quando chego ao fundo, eu escrevo. escrevo para saber que mesmo lúcida eu senti tudo aquilo e que mesmo conhecendo o caminho passar por ele não é agradável. escrevo para saber que foi importante, independente dos motivos. escrevo porque quero lembrar, e lembro porque preciso que faça sentido e consciente de que lá fora sob o sol pesado milhões circulam pelo avesso, se arriscam entre as engrenagens e canos e ácidos da cidade eviscerada. as vezes, eu também escrevo para que a vida ganhe um significado, para que não escape aquela fagulha de sentido que nos atinge quando os sentimentos se exaltam....



quinta-feira, 5 de março de 2015

segunda-feira, 2 de março de 2015

Entre duas margens



somente no meu caminho,                                                                                                                               
a ponte                                                                                                                                                           
onde somos desejo,
onde fomos prazer,
onde somos silêncio
e gritos sufocados.



o teu olhar que me desenhava
em abraços e beijos
que já não eram meus nem teus.

eram nossos



agora tu e eu somos a ponte,
onde conseguíamos parar o tempo.


e desapareceram as margens.