quarta-feira, 27 de maio de 2015

Vésperas de você....





hoje de manhã lembrei de você ouvindo blue. mas nunca ouvimos blue e aquela musica pertence a outro tempo. é que às vezes  eu me lembro de você quando me deparo com algo bonito. um pôr-do-sol desmaiando sobre o meu ombro, a tarde de um dia que não volta, o bando de pássaros que nunca serão os mesmos. este canto é a promessa  de que a poesia resiste às mais insuspeitáveis provas, é um barco no rio do destino sem previsão de portos, mas que segue para sempre e sempre...




quinta-feira, 21 de maio de 2015

muitas vezes a vida faz com que a gente se perca




amanheceu aqui dentro. lá fora nem sei. o tumulto de sempre, com certeza.  vários deveres me aguardam, nem me lembro quais. pra ser sincera, aliás, já esqueci o que fiz ontem.
vou lembrando que nada é definitivo. sempre podemos mudar as coisas, sejam elas grandes ou pequenas.

gratidão é essencial. sentir-se grata abre os olhos para as pequenas coisas que acontecem todos os dias e que têm o poder de elevar o ânimo e sustenta-lo para que se cumpra a parte que nos toca no tabuleiro da vida.

benditas sejam as tréguas, as clareiras, os silêncios, esses momentos em suspenso que nos deixam ouvir as vozes delicadas, os murmúrios tórridos que o coração sussurra o tempo todo.

sem esses desvios a gente perde o rumo fácil, fácil...






segunda-feira, 11 de maio de 2015

Pensamento retro....




você se lembra ?? televisão, antes, "pegava".
o canal 5 pegava bem, outros não, e você ia girando as antenas compridas buscando uma combinação mística que fizesse triunfar o sinal sobre o chuvisco.

televisão tinha fantasmas. televisão ficava pulando enquanto você suava em busca do equilíbrio impossível no botão VERTICAL.

televisão era como o amor, algo que ia e vinha por razões extra-humanas.

televisão você acreditava, mesmo que absurdo.

eu saio do ar ás vezes.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Pela futura manhã


quintesenceofdust:

moon3:

mira-mel:

afrenchgentleman:

(via ohlubia, eroin)



meu bem querer, aparentemente, tudo é diferente do que realmente é. aqui é assim, transparente, porque o procurei assim, exatamente igual aos meus sonhos sem nevoeiro. aqueles, onde há crianças e sons cristalinos, tão limpos e cheios como casas ao domingo. é transparente como eu e tu, quando nos encontramos e, também, quando nos perdemos. não. o perder não é de nós. é dos outros. aqui  encontras uma mesa infinita, sorrisos ternos, olhares de alegria e mensageiro do vento colorido. encontras livros, flores, memórias sem mágoa, um mar imenso. eu sei que sabes. um gato? claro que tem um gato. vê bem. tem confidências, poemas e até um cais. o de sempre. porque se gostas de partir - e eu sei que gostas – tens no regresso a tua autenticidade. essa coisa de pertencer a um lugar. um dia, a um coração ou a qualquer vento que te chame. enfim, nada é o que parece ser. é por isso que é transparente. para veres tudo. intacto e sereno. como gostas. só não encontras o bem que te quero, porque o bem que te quero não cabe em nenhuma parte do mundo, nem sequer no mundo inteiro.