quarta-feira, 6 de julho de 2016

- Tão muito junto em mim....





quero te dizer: fiques.
nem me digas quem és, 
quem foste, como sabes
a linguagem que se fala
sobre os dias. 
aos céus  lanço toda a
vontade de viver,
ser viva, 
a cautela do ar,
ardendo em torno.
 há tanta energia
 emanada no
encaixe amoroso
de dois corpos. 
veremos a dança da
Aurora Boreal. 
e de tão extraordinário encanto,
passarei, terás passado em mim....


só quero te dizer : não morras nunca, agora, nunca mais.




segunda-feira, 4 de julho de 2016

a tudo interditos






e ela incendiava o deserto e acariciava o fogo pois sabia que transformar o amor em dever é estratégia, em oposição às oscilações das contingências, em favor da sua permanência. então, este fogo pegava-se à carne e a aura era seu par. porém aquilo que não está fundado sobre o eterno está sujeito a alterar-se em si mesmo e/ou deixar de ser – a transformar-se em outra coisa ou a se esgotAR como um passo na poeira. como um fogo vocal e capital que grudava sobre os telhados. inseguro de si, o amor espontâneo coloca-se à prova constantemente e escraviza-se. tornado dever, o amor liberta-se. tornado dever, o amor deixa de buscar causa ou fruto. vai ao fogo a morte. um fogo sem criador....







inspirado aqui 
https://www.youtube.com/watch?v=rJ78sfTbUik