sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

o dia e seus pedaços de horas e esperas



aqui nesta praia onde
não há nenhum vestígio de impureza,
aqui onde há somente
ondas tombando ininterruptamente,
puro espaço e lúcida unidade,
aqui o tempo apaixonadamente
encontra a própria liberdade.

Sophia  Andresen











com carinho dedilho
as minhas linhas, minha teia,
os fios que eu estendo
entre tudo que me prende,
e balanço sobre abismos
que hoje sopram ventos frescos






quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

meus olhos diluem as coisas







dia de chuva. boa possibilidade do destino irremediável brincar nas linhas casuais do inesperado.mas fica por conta do mito, da lenda de eu ser avoada e ter a cabeça na lua (talvez nem percebam mais lapsos inteiros em que simplesmente desligo)

é mais forte do que eu. quando percebo estou longe, ou melhor, o que está perto recua, evanesce.

onde eu vou nem eu sei. são as coisas que vem, coisas em que me ligo.conjuntos de possibilidades por entre as camadas do real e do imaginário...sonho que se sonha só.