sábado, 19 de janeiro de 2013

e de amar vive sendo



 partir-me em cacos tem seu charme, sua glória, me afia o desejo de ir adiante e enfeita com reflexos brilhantes minhas arestas transparentes.  porém, por mais que você se adentre, por mais perto que você chegue tudo se desdobra, tudo ramifica.faça um talho profundo, e a profundidade lhe escapa: o que se abre são novas superfícies, frescas e vivas. não há dentro, não há centro, não há fundo: quanto mais se olha, mais os detalhes dão cria, mais a complexidade viceja.

pique a partitura em mil pedaços, e a sinfonia é a mesma em cada nota.

mas basta um sopro. brisa mínima e quieta para ruir o palácio do nunca mais.

voltar  é uma quimera....

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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

meus erros erram bem para errar sempre





conhece alguém as fronteiras à sua alma,
para que possa dizer - eu sou eu ?
Fernando Pessoa










tire esse vazio de mim 
e ele fará uma falta danada. 
tanta coisa cai dentro 
que nem sei de onde vêm.