havia flores que não eram rosas
arranjos que não são os da moda
recados na geladeira debaixo de imã na porta
e fui fechando o rosto sem sentir
e mesmo atenta sem me distrair
eu fui fechando o tempo sem chover
fui fechando os meus olhos pra esquecer
lágrimas que brotam mas não descem
voltam
aprendi com o tempo
não sei porque você se foi
quantas saudades eu senti
e de tristezas vou viver
e aquele adeus não pude dar......♫
(pelos 17 anos sem minha mãe Nina)
7 comentários:
gosto do ritmo das tuas palavras.
têm bastante musicalidade.
Essa lágrimas que não descem...voltam sempre sim, Margoh.
Beijo
Saudades tantas e que ficam sempre! beijos,fica bem!chica
puxa! me emocionei! perdi minha mãe no dia 19 de março e sinto mesmo, essa forte e devastadora saudade, e não quero deixar que as flores que ela tanto amava se percam na minha memória.
As palavras se movem, a música se move
Apenas no tempo; mas só o que vive
Pode morrer. As palavras, após a fala, alcançam
O silêncio. Apenas pelo modelo, pela forma,
As palavras ou a música podem alcançar
O repouso, como um vaso chinês que ainda se move
Perpetuamente em seu repouso.
(T.S. Eliot. Trad. Ivan Junqueira)
Oi querida,
É triste eu tive duas mães e perdi TUDO.
Não tenho mais lágrimas
Beijos
Lua Singular
Olá Margoh!
Gostei de ler este poema de saudade, de reavivar as minhas próprias dores e lembranças da partida de minha mãe.
O mês que vem é de o do seu nascimento e morte. Grande sensibilidade! Uma bela poesia.
Abraços.
M. Emília
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