para Jana
(...) ah vida surpreendente! com um sorriso triste suspirou sabendo que para ela era sempre a mesma coisa. quem chegava com o muito prazer, nas entrelinhas já se despedia. a vontade era nem dar-se ao luxo de deixar-se gostar. quanto mais gostar, mais dor ao despedir-se. sempre que alguém chegava com ares de eternidade, mais rápido seria em sumir sem deixar qualquer rastro a que ela se agarrasse, qualquer retorno que esperasse. era um vem e vai, sempre nesta ordem. e uma vez só. não havia retornos, nem surpresas, nem gritinhos de alegria por ser surpreendida com uma brincadeira de esconde-esconde. quando menos esperasse - e conseguia surpreender-se a cada vez - alguém já se tinha ido. e ela entrava correndo, na esperança ridícula de ter sido brincadeira - e sabia que mais uma vez havia acontecido. quem sabe uma chave torta, uma senha ilegível, sons soltos de risadas distantes ajudam a decifrar um coração aos cacos??
Tudo em ti era uma ausência que se demorava:
Uma despedida pronta a cumprir-se.
Cecília Meireles
alua girou
7 comentários:
Ir ... e vir, como a vida, como o relógio, sem trombetas, alaridos! Linda Margoh! Abraço apertadinho! Saudades!
[Cobertas desvelam/ descobertas velam
até o encontro das ogivas...]
beijos Margoh!
linda
Besos
Morris
Vim agradecer pelos carinhos e companhia e dizer Até a volta.
Estarei ausente por tempo indeterminado.,
Espero voltar com boas notícias! bjs,chica
Boa semana, Margoh
Olá! A saudade é quem compõem as melhores poesias! abração
Adeus não é uma palavra bonita.
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