quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

meus vitrais em pedaços







deixem-me dizer-vos neste momento
que não fazer nada é a coisa mais difícil do mundo,
a mais difícil e a mais intelectual.

Oscar Wilde











minhas arestas e o meu contorno
sonham com o quebra-cabeça
onde se encaixem,
com a história longa em que terão sentido

tolice, claro.



quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

debaixo dágua ficaria para sempre . ficaria contente






Cecília Meireles me acalma num dia inquietante :
"O verso equipara-se às braçadas no oceano. Trata-se de um processo respiratório, de controle de ar. Mergulhar na sensação e subir a tona para respirar. Uma conclusão afetiva do fundo sucedida por uma observação prática da superfície. Subir com os olhos para prever o ponto em que se nadou e novamente mexer os braços em direção ao fundo. Inspirar, respirar. (...)"


[acabei me lembrando de uma cena no final do filme Naúfrago com o Tom Hanks em que ele fala:
- Eu sei o que preciso fazer. Eu preciso respirar.]

enfim acho que é bem isso. alguns se sentem bem no fundo do mar. outros são "peixes de superfície". mas no final estamos todos no mesmo oceano.

Todo dia / Todo dia, todo dia / Todo dia respirar...


vou pra debaixo d´agua.