(...) num torto direito, as frases, que tantas vezes (re)escrevi , eu vi soltas nas tuas mãos [melhor dizendo, distraidamente penduradas nos teus dedos frios]. fecho os olhos e obrigo-me a sentir os pés firmes no chão, aperto os lábios na certeza de amordaçar as palavras e respiro fundo. mas, não tem jeito, o que me vale é na emoção desfilar, sem deixar de extrapolar[e esbanjar] minhas virtudes mais intensas. como num flash, dando-me a mão eu acompanho o teu movimento, com a leve esperança de sentir o mundo dentro de mim. tu balançavas o corpo num andar despreocupado e sorriu entre suspiros [perguntei-me se isso significaria que estavas feliz]. procurei o teu olhar, mas há tanto ainda para ver, tanto que os meus olhos querem absorver... de olhos fixos no horizonte, espalhas os teus sonhos pelo caminho que ainda percorro contigo, e olhas para longe, tão longe, que não me vês mergulhar de mansinho na paisagem e desaparecer entre o sol e a noite. eu, guardo um sorriso para ti e vou. acordei sorrindo.
sexta-feira, 19 de abril de 2013
quinta-feira, 18 de abril de 2013
Reconforta a desesperança..

(...) e demorou seu olhar no canteiro dos amores-perfeitos. é irremediável e sonha. leva asas nos pés, palavras nos dedos e aquele sorriso despreocupado de quem ainda se fascina com os pequenos milagres. há dias em que eles não percebe como é que os sorrisos se sustentam na sua expressão. olham para ela e não compreendem como é que os lábios rasgam a tristeza para receber o que há de bom na bainha dos dias. e ela acredita. tem a certeza de que no cruzamento do sol no horizonte sobram estrelas com sabor a girassóis. sabe que o algodão doce são pedaços de nuvens, mesmo que perceba que no fundo são feitos de açúcar. fecha os olhos ao cinzento da chuva, mas abre as mãos para receber o fresco da água que cai. esconde o que de feio têm os seus pensamentos e escolhe as cores com que pintar a sua felicidade. mas às vezes nem as mais brilhantes cores chegam para tapar as tábuas partidas da sua casa. e a noite cai. as estrelas dizem boa noite e ela fica só. adormece embalada ao ritmo do seu coração, anoitecida pelo silêncio.
[às vezes é preciso acreditar ... aqui]
Assinar:
Postagens (Atom)