terça-feira, 25 de junho de 2013

E a festa do dia que chegou


em vez de lã teço textos  e às vezes  desejo fugir do dia, encontrar uma zona de conforto.   quando a escrita fica muito ácida. ou muito estreita. atravessar paredes [um recurso a ser experimentado por quem gosta de mágica] eu gosto.   uma carícia de dedos que vêm do sonho e depois, rápidos como um animal alado, vazam as nuvens sem pistas. o onírico não deixa rotas, não tem rosa-dos-ventos, não desenha pontos cardeais, é apenas vontade, um desejo que se levanta como cortinas transparentes.  espio entre as dobras, há uma fresta de realidade onde todo o imaginário se eleva. montanhas recortadas onde falta horizonte, uma paisagem de filmes e livros. você acredita?  eu acredito nas novas possibilidades como a promessa que se desprende do incenso, uma crença em cores, palavras, mantras. uma pacificação que me invade quando você me responde.  um desassossego quando há lacunas entre as sentenças. há  um desejo insólito que cresce, sem que eu me prenda  é que na manhã em que o sonho se despede num delírio de absinto, abro os olhos e sinto...