quarta-feira, 20 de agosto de 2014

pensei em enrolar o tempo...






mais um dia findando
continuo às voltas com o que sinto
 e com o que não quero sentir!
entre o ir e vir das ondas,
percebo que será sempre assim.





concentro-me
então
no
concreto?








(..) fechava os olhos para só haver noite
e ouvir o sopro do sonho
na luz imperfeita
jgf

terça-feira, 19 de agosto de 2014

amor se esconde em verbos, em credos, em acordes e tons debochados


(..) a  porta vai bater nesse instante nesse instante a porta já bateu. não era tão difícil prever. mas a verdade é que não conseguiu conter o espanto,sentada no sofá o corpo mal cabia, extremidades grandes demais e  todos esse vícios de linguagem... nesse vazio da sala que lhe esconde, ela põe Chico pra habitar a vitrola, quem sabe ele chega na próxima nota, ou no próximo vinil que  tirar da estante. quem toca o amor na sua estação de rádio traz na boca poesia impulsiva e certa dos sentimentos que guarda. ele, que é riso em sussurros distantes e traz no abraço braços que ainda não lhe cabem, mas que depois de um longo tempo de solidão lhe fazem pensar em ficar. ela pensa em abrigar seus medos e preencher seus olhos, com as cores que criou enquanto compunha uma nova canção, insistentemente estranha que falava sobre solidão a dois....Amor se esconde na gente e a gente quase não consegue enxergar que ele dorme na nossa cabeceira. 



[mas,triste mesmo é ir dormir com o par de meias e acordar 
só com uma]