acordes diatônicos na garagem ao lado
cobre-nos na tarde um céu de trovoada
em silencio penso nos intervalos de semitons que me estremecem
as bocas mordem-se por entre palavras aparentemente vãs
os rostos desenhados
sem que o aparo se levante sob feixe de luz
sem que o olhar interrompa
o desejo áspero e intenso.