quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Cercas sem arames farpados






 nunca teve problemas em submeter o próprio corpo aos rituais diários. esticava daqui, enlaçava de lá, se contorcia. no ônibus lotado, no carro com seis pessoas, debaixo do guarda chuva em dias de tempestade. mas o que ela gostava mesmo era se desdobrar. voltar à posição original.
ser inteira.





terça-feira, 27 de outubro de 2015

E que tal um cafézinho gostoso agora?





antes um "pit-stop" básico:

os outros não podem
nos dar do que não têm,
não fiquemos à espera



eu ri muito.........aqui







quinta-feira, 15 de outubro de 2015

minha desordem não é camuflada



sei de gente que enlouquece quando vê a lua cheia (dizem que alguns até uivam), outros perdem o fôlego na hora em que o sol recolhe os últimos raios e encerra o expediente. ela gostava de mar. cresceu assim. de porto em porto, coração livre de amarras, desejo a favor da mais forte correnteza..








não luto mais daquele
 modo histérico 
entendi que tudo é pó que
 sobre tudo repousa e
 recobre e a seu modo pacifica
 Adélia Prado

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

de tão bem vinda...











inversa é a
paixão
quando da
superfície
se sabe que o
 fundo
tem sempre
 raízes











.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

dos ruídos e do sossego





.
.
você me liga
enquanto foge
a lua (que me deu)
eu te assopro
quando esquenta
a vida corrida
você me imagina
quando balança
o copo de iceberg
.
.
 ri com gosto
achando que eu
quero entender o que
não se entende

[me dá um arrepio
cada novo sim ]


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

cada instante é sempre






é tão bom te olhar e ver que você também me olha. 
há uma beleza especial no movimento dos teu olhos. 
é como ver a vida dançar e se transformar em tons alegres. 





nota de rodapé
tenham complacência 
com os românticos! 

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

quem acolhe o belo e o inusitado



tem vezes
em que me alimento
de musica,
de palavras escritas,
de afetos
e outras de  
fantasias....



terça-feira, 6 de outubro de 2015

A gentileza desse momento...





   Tenho me empenhado em não desperdiçar  a oportunidade para vivenciar a leveza de coração e a aventura que  me  estão sendo oferecidas ali mesmo, junto com a sensação de abalo. Entre tantas coisas que presencio  está  este período em que esta maneira cordata, natural e extremamente simples de encarar as situações que se apresentam ,sem expectativas de reconhecimento ou de recompensa me vigiam.  [ trará resultados muito melhores do que qualquer tentativa minha de ser brilhante, perspicaz ou, de alguma outra forma, extraordinária]. Deixei de lado toda pretensão de fazer alarde quanto a ter inventado mais alguma coisa inútil, ou a vaidade de encantar  com o meu talento incomparável de prima donna [sic]. Não há porta. Na verdade, as barras estão desaparecendo.As grades eram uma ilusão. A contribuição especial que  tenho para oferecer neste momento será maior se  encarar as coisas sem resistência e com simplicidade,um passo de cada vez....




sábado, 3 de outubro de 2015

0 bater sagrado do coração




no mundo de hoje esquecemos a essência
 de sermos alegres, plenos, 
desfrutando da sabedoria 
da nossa essência sagrada. 
em mim há um desejo profundo 
de êxtase e despertar. 
despertar qualquer uma 
destas facetas 
de forma consciente 
explorar som e silêncio, 
movimento e quietude,
 feminino e masculino, 
solar e lunar
 ir ao encontro 
da  expressão divina.
 porque na verdade, 
são apenas uma, 
da mesma forma 
como nós somos
 apenas Um..











'(..) para além da porta que 
dá acesso à rua do jardim,
 ides adquirindo, pouco a pouco, 
o fulgor de manifestar,
 no vosso corpo, 
o tempo.'

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

O tempo é um fio




O que é a tempestade, o calor de meio-dia? O que são estradas esburacadas, congestionadas, pontes quebradas? O que é o excesso de dinheiro, ou a falta dele? Todo mundo precisa de alguma coisa, se não é dinheiro, de uma viagem, de umas férias num lugar bem distante de todos, para que possa finalmente ter sossego do seu dia a dia (quando não aguenta aquela agonia) ou até mesmo um tempo para si mesmo.
Mas, outras vezes bem lá no fundo quando o papo, o riso, tudo diminui, o que  ligeiramente se precisa é de alguém que a colha para a vida de volta, sem retorno, sem cobranças, e sem preços, que fique sem hora para ir .....






“..sou entre flor e nuvem,
 estrela e mar. 
por que havemos de ser 
unicamente humanos,
 limitados em chorar?”
— Cecília Meireles.