sexta-feira, 28 de abril de 2017

então a gente juntou os passos






...que tal você e eu à porta de um lugar que vai fechar. um lugar qualquer onde os minutos são a rua em que pessoas sentam toda a tarde à espera do silêncio, onde o teu corpo pesa a medida exata do meu desejo,  com  a guitarra de Santana fazendo o som de nossos ouvidos,  
atravessando  a vida muito além das cidades.... 
_devo abrir a janela?






quarta-feira, 26 de abril de 2017

enluecer







entre as sombras de definidos limites em projeções do implícito ser, minha alma clara, se declara óbvia, escancarada, nua.  meus olhos não podem ver que meu brilho vem de luzes de fora que me cegam e me ofuscam a visão.   apaguem essas luzes agora! pois quando anoiteço, somente a lua desfaz em silêncio essa escuridão....






segunda-feira, 24 de abril de 2017

o que é longe fica flou






ficar assim  perdida de mim
é ideia que vaga solta
no campo da fantasia

abre portas
ressuscita sonhos
e incendeia
as minhas emoções







quinta-feira, 20 de abril de 2017

às vezes a resposta é silêncio


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em cada uma das linhas de um poema aconteço.   dispo-me de tudo aquilo que me prende debaixo da pele.   na véspera do verso acontecem todas as coisas que queria dizer mas não sou capaz.   todas as saudades, as tardes, os olhos.   na véspera do verso sou vento, tenho paz.






quarta-feira, 19 de abril de 2017

sábado, 15 de abril de 2017

- só com a força de mil laços


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na fuga para dentro
 de nós mesmos
 percorremos séculos
de ciência amorosa
via láctea de afagos
espiral de desejos
paixão que se alonga
 ardente e sinuosa

um dia saberemos
que duas peles
não têm a mesma textura
nem os encontros
a mesma doçura

vem, deixa sua mão
na minha mão
antes do assombro
da saudade explícita








quinta-feira, 13 de abril de 2017

preciso escapar dos reflexos condicionados....











sim, semeei. sim, arei reguei e mantive as pragas longe, sim, eu sei o que fiz sob sol, sede, solidão. mesmo assim de vez em quando tenho uma noção muito clara: eu não fui feita para viver. sempre houve alguma coisa que me faltou. sempre presente, desde que me lembro, esta incapacidade de ser confortavelmente social, de me adaptar com naturalidade às coisas. uma estranheza particular. uma solidão particular. por vezes o desajuste é tão profundo que tenho vontade de deixar a vida pousada sobre a penteadeira do quarto e sair de mansinho .  
o que parecem cacos de mim talvez sejam restos da casca...   




feliz Páscoa, amigos.



terça-feira, 11 de abril de 2017

o que resta quando o sol acorda

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(..) em mim convergem todos os teus ais. todo desejo flutua na vertigem do infinito e te brinda com a oportunidade de que um dia nunca seja igual ao outro.  as alegrias se misturam, meu pranto termina em seu sorriso.  tudo tem fim e tudo tem começo.  meu coração está sempre no meio  tentando calcular qual seria a distância entre o céu e a terra.  em mim convergem todas as emoções. todas as idéias do mundo sem o constrangimento da limitação.    me concedo o delicado equilíbrio que te permite transitar pelo meu corpo, por todas as alternâncias sem preferir umas às outras.  contração e expansão, 
por que resistir ao inevitável?






domingo, 9 de abril de 2017

em silêncio uníssono

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eu só posso chamar de renascimento isso que me acontece quando, diante da dúvida, os olhos deitam em paz.   só posso chamar de interrogação essa paz que acontece quando um novo olhar me nasce.   só posso chamar de paz isso de interrogar tudo o que nasce antes de acontecer.   e não deveria nunca deitar sem antes me acontecer em tudo isso que me interroga alguma paz....






sexta-feira, 7 de abril de 2017

criar é sussurrar no ouvido de Deus....

sarah by giovanni lipari







entre a sagacidade e a concretude.  entre memória e imagens pingam sobre mim grossos e pesados instantes que deslizam sobre a minha carne e me provocam a alma até que eu dance eternamente livre a dança do improviso.....




 bem dita seja a luz do fogo cruzado
bem dita a clareza a beira do abismo.

terça-feira, 4 de abril de 2017

sem alarde

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folheando meu diário antigo
página por página
meus dedos colheram
a poeira das palavras

depois com sol baixo
diviso coragem e cansaço







segunda-feira, 3 de abril de 2017

entre o devaneio e o lirismo


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sou suscetível a palavras, tons, ao modo como argumentam me abrindo os braços ou fechando o caminho das ternuras.    nasci assim, como pássaro que sente a direção do vento, a sutileza do sopro, a temperatura da brisa.






domingo, 2 de abril de 2017

para que depois

milky air





há um certo fascínio indescritível em procurar palavras que não existem.     carrego nos olhos o fim dos desertos que de tão infinitos acabam-se na leveza de tudo aquilo que em nós é imenso na luz mansa dos dias adentrando pela janela.






sábado, 1 de abril de 2017

e ficas no silêncio que semeias




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o tempo mostra
que tenho momentos em que
 o que me incomoda
não é  teres partido
o que me incomoda é
teres deixado
a sua ausência







para meu irmão.
1 ano de sua partida