com olhos que estremecem a arredondar no frio, vamos brincar de jogo das palavras. você diz primeiro a palavra vento e eu fecho os olhos.só depois posso lembrá-lo livre e compor a sua forma, no teu cabelo. a única metáfora a nos acompanhar nesse dia...
sábado, 30 de abril de 2016
quinta-feira, 28 de abril de 2016
vívidas mentiras
tão (des)vendada
apenas enxerga o que sentir
teme ter medo de viver
treme
ao se ver
ao se ter
treme
quarta-feira, 27 de abril de 2016
na infinitude de tudo o que poderia ser....
depois da tempestade, o silêncio se faz presente, e observa, antevendo possíveis suspiros ou brilhos molhados que pendem de olhares suplicantes por se fazer ouvir. parece tarefa árdua, mas apenas para quem não se importa. hora de ler nas entrelinhas e nas literalidades, plantando atalhos, indo em busca dos dados divisórios e os enraizamentos que permitirão a compreensão do quebra-cabeça existencial. é saber que participamos e coexistimos da mesma matéria daqueles que ouvimos e somos tão imortais quanto os sonhos e as vicissitudes que alimentam a todos. é preciso buscar forças que nos permite navegar em mares tanto rasos quanto profundos pois no fundo, nada se sabe sobre o começo que recomeça a cada momento.
...
digite
zerg rush
no google
pra você ver o que acontece...
achei incrível!
terça-feira, 26 de abril de 2016
quando é que isto começou?
...então. em caso de amor, não corrijam meus possíveis erros com exaltada fala ou com interpretações duras - antes, reconheçam que aquilo que se vive por amor será, no fim de tudo, a única força capaz de reverter o imponderável encontro com o vazio, iluminando os dias passados com pequenos insigths de felicidade - em suma, é quase sempre como na música: um lado que pesa e outro lado que flutua · e quando eu já não estiver, o vento estará, continuará estando ·
segunda-feira, 25 de abril de 2016
....e fica mais fácil achar tudo difícil
a vida é tão frágil
que devíamos carregá-la
como se fosse relíquia
(porque é)
sexta-feira, 22 de abril de 2016
a metamorfose dos dias....
um dia quase arrebentou- se os seus pulmões de tanto respirar tudo até o fim. contudo, quando não se vai abaixo da tristeza, nem se cria uma carapuça dura e cínica , vai se ficando, então, cada dia mais suave , gentil, repleta de cansaço , compreensiva e resignada pois é preciso começar porque nada existe antes de começar.....
quinta-feira, 21 de abril de 2016
fere-me uma vontade de comer afeto
a vida é um
punhado de começos
suspensos. e o meu desejo
é cheio de infinitas
distâncias.
quarta-feira, 20 de abril de 2016
apenas um tradutor de silêncios....
tem algo de amargo
na doçura do que se foi....
meu mano .
te amo ontem, hoje e sempre
#30diasquevocêpartiu
segunda-feira, 18 de abril de 2016
caos tem um plano desde sempre
o dia nasce sem fazer muito caso. estampado de corrupção um País a deriva. escrevo comprido, como náufraga , com palavras que dão voltas enquanto roda pela ilha, e de tantas linhas em círculos as garrafas voltam quase todas abandonadas. escapar a nado de tudo isso requer ritmo, metade das palavras olhando pro fundo, metade sem fôlego de olho no sol. diante do circo todo, estendi uma linha tensa entre aqui e não sei onde, e equilibro linhas breves na palma das mãos estendidas. o caminho para o centro é deslize, é tropeço, é não se dar conta de como se chega lá e pelo cheiro ainda se descobrirá outros lobos nessas peles de cordeiro....
sábado, 16 de abril de 2016
♫ Baby, baby, eu sei que é assim . . . ♪♫
quinta-feira, 14 de abril de 2016
a música que ouves não toca mais em parte alguma...
o silêncio, o silêncio fechado, recolhido e morno. eu procuro-me, a mim e em mim. somente um resquício, um sopro, um suor de eternidade, de eternidade que não é de tempo, de eternidade que é só altura e envolve. acredito que a coragem vem do medo. só me encontrarei, se tiver a coragem de continuar a me procurar, todos os dias... o banho em que me banhas de silêncio recolhido e morno, deixa-me cobrir e flutuar...
ouvindo bob dylan
"Full Moon And Empty Arms'
terça-feira, 12 de abril de 2016
quando a manhã ainda é cedo
largos são os horizontes, distantes são os caminhos, fortes as emoções, intensas são as lembranças, raros são os momentos, tristes as despedidas, marcante é a saudade, de quem amamos .... na vida não há neutralidade.
segunda-feira, 11 de abril de 2016
O espanto era a luz
solt0-me das aparências e contudo fico presa a elas . nem me fale em berço esplêndido. espelho não, hoje eu quero me ver pelas costas. ou melhor: fico a meio caminho entre essas aparências e aquilo que as anula, aquilo que não tem nome nem conteúdo, aquilo que é nada e é tudo. hoje não serei capaz de dar o passo decisivo para fora delas. a minha natureza obriga-me a flutuar, a eternizar-me no equívoco, e, se tentasse optar por um sentido ou pelo outro me perderia por causa da minha salvação. quanto mais avanço mais nítido fica o que deixo pra traz.....
[às vezes não interessa mudar,
interessa aceitar.
e aceitando, é deixar andar]
sábado, 9 de abril de 2016
empurrando com água
é no alvoroço do peito que se faz a beleza. que os dias se apaguem em amor. enquanto isso que faremos nós nestas águas? ar fresco eu pesco às vezes em momentos raros, depois de farejar por todo canto e lançar tantas redes, tantas iscas. ar fresco te enche a boca, o peito, e teus olhos enfim limpos se lambuzam extasiados. parecer seguro é um perigo....
sexta-feira, 8 de abril de 2016
fora de compasso
nem sempre somos o que queremos ser.
um dia, pássaros.
um dia, papel amassado no chão.
[somos as dobraduras da vida]
quinta-feira, 7 de abril de 2016
terça-feira, 5 de abril de 2016
╮que bom que algumas coisas não mudam....
tenho o vício de desenhar cubos. o tempo todo. certamente não são perfeitos. mas continuo desenhando. é tão simples. por que não deixar a caneta escorrer? escorre ela, escorro eu, quem sabe, escorre a vida.
domingo, 3 de abril de 2016
dos meus teatros desertos
minha mão escreve miúdo, corrido, e vai bordando apressada em linha fina cor de sangue o retrato da minha chama, as volutas dos meus incêndios. luta mais inglória essa, ser uma mulher de palavra !
sexta-feira, 1 de abril de 2016
na roda da vida...
Porque ajuntou logo a natureza nos mesmos olhos dois efeitos tão contrários, ver e chorar? A razão e a experiência é esta. Ajuntou a Natureza a vista e as lágrimas, porque as lágrimas são consequência da vista; ajuntou a Providência o chorar com o ver, porque o ver é a causa do chorar. Sabeis porque choram os olhos? Porque vêem.
Padre António Vieira
[ e um campo de estrelas
irá brotando atrás das lembranças ]
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