tem dia em que companha-me a aridez lá fora e o deserto entranhava-se cada vez mais em mim. a inquietação por um tempo foi esquecida quanto um vento morno bateu no meu rosto . Suspirei e senti um desejo imenso dar uma volta pelos telhados, quando tudo estiver dormindo, pessoas, coisas, gatos, pássaros. Não será nada como voar e não haverá nada de metafórico neste passeio, apenas algo que se pareça com uma afirmação, determinada apenas pelo que dela e das suas implicações se desconhece. Pela rua, parece-me tudo cada vez mais difícil, mais frases sem predicado, sujeitos bizarros e indefinidos por inferir, gramática que me agarra ao chão, sem gratificação de sentido. Vou pelos telhados, hoje à noite. Darei notícias do que captar e voltarei outra. Nunca se volta igual de um passeio pelos telhados de uma cidade qualquer, penso eu.
segunda-feira, 8 de julho de 2013
domingo, 7 de julho de 2013
Virou um tudo que não se acaba...

sempre há
uma ordem
a nos quebrar os passos
não há
corrida que baste
para superar
as sombras esféricas
do alinhamento
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