domingo, 8 de setembro de 2013

Um frescor renovado


busco prazeres simples para que um dia  não degringole em relacionamentos complexos ou discussões estéreis. já faz um tempo, ando imaginando o amor não como um fogo que se consome, mas como um núcleo fogoso e imantado em torno do qual, para que não se consuma ou morra, podemos colocar camadas geológicas, reinventando o amor à medida que o tempo passa com exercícios de criatividade nas relações. será que assim, poderemos proteger o núcleo e inventar invólucros, chamas, fogueiras que ardam, proporcionando ao amor a proteção e a redondeza da Terra? porque o amor deve ser redondo, as coisas importantes da vida são, como os ovos, as bolas e as barrigas grávidas. pensando assim, o amor nunca seria quadrado, não acha?


Deslizando pelas mínimas pistas





no quarto,
sem reserva,
o desejo adentra
quando amanhecendo
sua voz (outra vez)
me penetra.
pretéritos nós
que o tempo,
atroz sujeito,
conjuga no presente
quase-(im)perfeito.
 somos pessoas plurais
de um verbo singular
em suas formas (i)nominais
e modos imperativos de declinar
e me reciclas
− imagem surreal −
quando traça em sua vida
meu retrato ideal.
e eu (te) lembro depressa
que você brilha e
me ilumina quando
me visita por dentro