quinta-feira, 19 de maio de 2016

coisas anteriores às palavras...




  as ondas quebravam uma a uma.   vestia a alma por fora e paria sonhos por pura teimosia, só porque achava que devia continuar a respirar.   mas os sonhos, também teimosos por mal paridos ou por outros tropeços do caminho, iam-lhe morrendo no voo e tapando a alma que queria o sol.   exaurida, trocou a última réstia de sonho por um lampejo do futuro que não via.  o mar cantou para ela.










quarta-feira, 18 de maio de 2016

de la combustion non contrôlée...








adormeceu
arrebatada
pelo
desejo
de
uma
 carícia




'e quando explode, 
quando me morde
aí sim, é pior 
que tudo,
porque eu quero, 
hum hum, 
cada vez mais.'




sábado, 14 de maio de 2016

a vida como um barco à deriva






começar porque
 nada existe antes
 de começar..

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eu sei, raramente podemos ser
o que queremos ser


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