alguns dias nos deixam sem fala, sem verbo, colunas no teto do tempo. até que chega um filho despossuído pelo silêncio e derrete o monólogo já que para si mesmo a sua própria forma parece irreal (como o parecem, ao acordar, todas as formas que ela vê em sonhos). a noite pinga, ganha o impulso das rotações e põe galáxias em comunicação na linguagem que descobre meteorito ensinando-lhe que quando deixar de ouvir os muitos, poderá divisar o Um - o som interior que mata o exterior . a sua Alma sorriu ao banhar-se
ao sol da tua palavra.
ao sol da tua palavra.
conjuga um verbo
que conheças
no presente
do indicativo,
soletra-o
na segunda pessoa
do singular
ao meu ouvido,
dá-me qualquer coisa
que me pareça eterno.
José Rui Teixeira