quarta-feira, 26 de junho de 2013

Na residência o moe-dor



havia flores que não eram rosas
arranjos que não são os da moda
recados na geladeira debaixo de imã na porta

e fui fechando o rosto sem sentir
e mesmo atenta sem me distrair
eu fui fechando o tempo sem chover
fui fechando os meus olhos pra esquecer

lágrimas que brotam mas não descem
voltam
aprendi com o tempo



não sei porque você se foi
quantas saudades eu senti
e de tristezas vou viver
e aquele adeus não pude dar......♫


(pelos 17 anos     sem minha mãe       Nina)

Manifest0




#VemPraRuaVocêTambém

terça-feira, 25 de junho de 2013

E a festa do dia que chegou


em vez de lã teço textos  e às vezes  desejo fugir do dia, encontrar uma zona de conforto.   quando a escrita fica muito ácida. ou muito estreita. atravessar paredes [um recurso a ser experimentado por quem gosta de mágica] eu gosto.   uma carícia de dedos que vêm do sonho e depois, rápidos como um animal alado, vazam as nuvens sem pistas. o onírico não deixa rotas, não tem rosa-dos-ventos, não desenha pontos cardeais, é apenas vontade, um desejo que se levanta como cortinas transparentes.  espio entre as dobras, há uma fresta de realidade onde todo o imaginário se eleva. montanhas recortadas onde falta horizonte, uma paisagem de filmes e livros. você acredita?  eu acredito nas novas possibilidades como a promessa que se desprende do incenso, uma crença em cores, palavras, mantras. uma pacificação que me invade quando você me responde.  um desassossego quando há lacunas entre as sentenças. há  um desejo insólito que cresce, sem que eu me prenda  é que na manhã em que o sonho se despede num delírio de absinto, abro os olhos e sinto...


segunda-feira, 24 de junho de 2013

Lugares incorpóreos


o amor
assim como o ar
adapta-se
exatamente ao tamanho
do espaço que ocupa















[intensidade na vida não deveria ter defeito]