domingo, 27 de outubro de 2013

Amor acumulado




nos dias que passam e no sol que se põe, afirmo, provo e comprovo que a cumplicidade se enfeita de atos e raramente de palavras. gestos que tocam levemente no mais recôndito canto da alma. stokes (resistencia), green e gauss (o resultado de ligações entre divergência que espreita), cálculos na forma de vetores que se integram e diferenciam (permitir a diferenciação de funções diversas cujo argumento é outra função). mas o único teorema que verdadeiramente faz parte de todo o  meu universo de palavras é: amar você theo.


(sorte/provas do -enem
exame nacional do ensino médio/)


sábado, 26 de outubro de 2013

E a natureza transitória de existência...











Quero caminhar e ouvir os meus passos  ecoarem no silêncio.

 [se deixar ouvir, O meu passear por esses caminhos]

Sentir que vou em boa direção.


[e que alguém irá com tempo escutar, o rasto belo e único do meu andar].


Preciso ouvir esse silêncio consciente. Se o que sinto não são palavras.
















´e não penseis que podes 
guiar o curso do amor
porque o amor, se vos escolher
marcará ele o vosso curso´
Gibran Kahlil

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Alquimia do mesmo caminh0






posso atravessar o deserto, se dentro de mim ainda houver uma flor pequena delicada sem espinho.  a flor que deixou comigo. essa flor que dura, mesmo sob o sol, mesmo contra o sol e por vezes furiosa.   tudo começou como uma semente, criou raízes e emergiu, jamais será uma invasão, mas uma possibilidade de ajuste, um fogo de ramos perfumados, crescendo para dentro da casa, do quarto, do peito, através das janelas quebradas, contra o vidro.   posso, se quiser, demarcar certos espaços para que nossas almas se  entrelacem nessa flor que fende as rochas,  no corpo enraíza e com perfume para  lavar da áspera solidão e estar confortável na minha pele. posso atravessar o deserto, se dentro de nós ainda houver a pureza  de uma flor intacta .
  

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Escorregando no sopro das marés










o mar imenso
concha e areia
pelo céu da boca
a palavra escorrendo

no canto da retina
a poesia marulhando
levando -a esvoaçar
sem destino
por dentro do vento