terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Sus.piro




Meu bem,
talvez você possa compreender
 a minha solidão

O meu som, e a minha fúria
e essa pressa de viver

E esse jeito de deixar sempre
 de lado a certeza

E arriscar tudo de novo com paixão.

   Belchior





aceitas?


[sonhei que a alegria
estava disfarçada
de vinho tinto]




E seguir, sem desviar o olhar...










Nessas manhãs agitadas, olho à minha volta e vejo as pessoas, vejo as histórias que invento displicente para elas e penso que este é um momento que dispensa complicações, melhor que faço é atender exclusivamente as necessidades imediatas e deixar de lado as coisas que forem estranhas e que, por isso, tirariam minha atenção do que realmente importa. Aprecio a ideia de que -são as melhores coisas do mundo, as coisas que não se vêem-. As que passam despercebidas no radar de quem conta os dias. Aquelas que não se guardam em caixas, envelopes ou cofres. E no entanto, são as coisas que não se vêem que vale a pena guardar. Mas guardar no coração, nos sorrisos, na memória que nem sempre funciona bem, nas nossas caixas internas, as que temos sem saber e que nos arrumam a alma.  Sim. Confiar na vida, que é mistério, mas que não ameaça ninguém. O mistério da vida protege aqueles que têm planos que se afinem com seu mistério insondável. Por isso, se deve ler sinais e tentar perceber as sutilezas....