sábado, 17 de maio de 2014

Na pele a palavra escorre




Depois de fundir-se o espaço e amanhecer um novo dia, descubro em meio a um suspiro que a saudade pode ser afrodisíaca, quando a falta que sentimos de alguém se transforma em desejo ardente. Ela pode ser mimada, meia manhosa, quase infantil mas se justifica pela vontade incontrolável de estar junto, trocar impressões, emoções, tocar o intangível, dizer o indizível, sem palavras, com o olhar ou um silêncio presente. Enfim, acreditar que pela mão do destino eles acabam se encontrando.







[entao....os desejos se erguerão
na morada terrena
por toda tua extensão....]





quinta-feira, 15 de maio de 2014

depois tão semelhantes se tornaram




da tua imaginação
onde me despes
lentamente
onde beijas de olhos abertos
o desenho dos meus
contornos
onde engoles
o gemido
das palavras feitas das
minhas  cores e linhas
da tua janela
recriamos o amor
dos corpos reconhecidos









segunda-feira, 12 de maio de 2014

a tecer fios de segredos








a noite é curta, eu sei
e meu olhar alcança
mais que as estrelas
teu desejo tem corpo e alma
ritmados
deixa na pele o gosto de manhãs
adormecidas
de um tempo ancestral
que imobiliza
fere e transborda
temporal

na pele um segredo