quinta-feira, 5 de junho de 2014

Abandone a mente que pensa em prosa...





   e agora se torna necessário fazer algumas manobras exóticas para acalentar a saudade. penso eu que a falta que sentimos de alguém pode ser nutrida com pensamentos,  lembranças boas, fantasias, inspiração [e, ainda assim, dói!]  será porque a dor é da natureza da saudade?  essa angústia gostosa que só termina quando o outro chega para alimentar nosso coração de modo que ninguém faria. tem um frase que sintetiza tudo isso -´ninguém me olha como você me olha´-  
são assim algumas presenças únicas, que nos mobilizam desejos latentes....



terça-feira, 3 de junho de 2014

e que triunfe a força da imaginação....









O meu amor tem lábios de silêncio
E mãos de bailarina
E voa como o vento
E abraça-me onde a solidão termina
O meu amor tem trinta mil cavalos
A galopar no peito
E um sorriso só dela
Que nasce quando a seu lado eu me deito
O meu amor ensinou-me a chegar
Sedento de ternura
Sarou as minhas feridas
E pôs-me a salvo para além da loucura.
O meu amor ensinou-me a partir
Nalguma noite triste
Mas antes, ensinou-me
A não esquecer que o meu amor existe.

Jorge Palma





 [sempre deixas 
uma plenitude cósmica
que somente a
 tua presença revela]

segunda-feira, 2 de junho de 2014

consciência flutuante






tempo:
pesar nas pálpebras
plantá-lo em pés
podar-lhes os medos
pousa-lo em paz
comer-lhes marés
no eco do teu som
responderei
à natureza

mais um dia se faz