quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Os ácidos, os gumes e os angulos agudos









Outro dia eu li que no amor oscilamos entre - tudo poder ser e nada poder ser [a impossibilidade de tudo]-. É este o amor, é esta a nossa vida. Tu sabes, não sabes? Não duvide que aprendi no silêncio meu melhor tom de voz. É que eu estava a caminho de você há tanto tempo que aprendi todas as lições e as guardo de cor. Vim sem saber que estavas a minha espera. Vim de  te esperar tanto sem saber que estavas em você todo esse tempo como um desejo. Nessa trilha que percorri, foram muitos os enganos e desacreditei que pudesses passar de uma verdade só minha imaginada e vivida na vontade, apenas na vontade avassaladora de encontrar uma justificativa para ter nascido. Agora compreendi tudo. Ficar seria perder todas as incertezas e abortar o que pode para sempre ficar nas minhas entranhas. Recuso-me a ser tua para não correr o risco de um dia te perder.



domingo, 8 de fevereiro de 2015

Os frutos embrulhados




 é a vontade
de explodir em fogo de artifício,
a força interior do pólen masculino
que impele a flor a abrir

e a flor
é o lugar mais requintado,
lindo e confortável
que o pólen
encontrou para guardar
a sua força interior.

quando ele precisa voar,
avisa-a,
ela pede ajuda
ao Sol e abre.

ela agradece que ele voe.
ela assim multiplica-se.

multiplica-se em cuidados para ele.
e embeleza o mundo!

a.mar



sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

me devora feito amora







descobri [mesmo sem querer] que prazer e dor são impressões muitos íntimas. e, muitas vezes, transformo a angústia na contemplação dos estados alterados de mim mesma. tem gente que chama isso de maturidade. tem gente que chama isso de liberdade. eu tenho dúvidas. só acho que quando eu pedia colo tinha ainda alguma esperança...