sábado, 23 de janeiro de 2016

sobre esperanças de remendo....



A noite ronrona baixinho e compõe uma geometria perfeita de enganos, oferecendo-me mãos cheias de possibilidades enquanto eu faço que acredito e me rebolo nas tessituras mornas dos lençóis, entornada de escuridão, arquejando pelo início do dia em explosões verossímeis de luz.     Tu escondes o desvario nas palavras que não escreverá e encaixa num recanto de si a frase normal, como se esta lhe fizesse cócegas para sempre.    Te desejo compungido, ao menos incomodado.   Quero que me olhes com a expressão aflita que fazem os que dão de caras com a sua maior perda mas tentam disfarçar.    Em ultimo caso, não tente questionar.    Toda minha coragem está em te deixar partir.





quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

em cada curva da vida





pensando que pensa
que não pensa nada
e continua a pensar





[bendito o momento
em que o presente
me enche a boca]