existem dias, em que penso que o melhor é navegar à vista. valorizar o nosso porto seguro. porque podemos sempre lá voltar. sem sobressaltos pois o caminho para o centro não é reto nem é longo nem é algo que se ensine. o caminho para o centro é deslize, é tropeço, é não se dar conta de como se chegou lá. o caminho para o centro passa por onde o chão desaparece sob os pés. existem dias em que só penso em ir.
perder-me. Irremediavelmente, na emoção de me sentir viva!
ante o explícito mistério
e a crua convergência de todos os ais.
eis-me com sede eterna.
suspensa.
na boca aroma de fruta madura .
perpetuamente.
entre a busca do gesto e o retorno.