sexta-feira, 11 de março de 2016

um sentir que é entre o sentir







  sabia também calar-se para não se perder em palavras, observava a chuva que de tão fina, é  arrastada pelo vento, antes de tombar ao chão. acreditava que a capacidade de sofrer era a medida de grandeza de uma pessoa e que isso acalmava seu coração .
voa o tempo.   molha-se o vento. anseia a terra. a inevitabilidade da incompletude. a necessidade da complementação. enfim, a melancolia  era tão forte que se amparava no próprio desamparo....






segunda-feira, 7 de março de 2016

batidas na porta da frente


Foto




desejou morar naquela tarde
porém vivia apenas por dias
claridade não tarda
sonha com noites






sexta-feira, 4 de março de 2016

nada mais agudo do que andar em círculos







existem dias, em que penso que o melhor é navegar à vista. valorizar o nosso porto seguro. porque podemos sempre lá voltar. sem sobressaltos pois o caminho para o centro não é reto nem é longo nem é algo que se ensine. o caminho para o centro é deslize, é tropeço, é não se dar conta de como se chegou lá. o caminho para o centro passa por onde o chão desaparece sob os pés. existem dias em que só penso em ir.
perder-me. Irremediavelmente, na emoção de me sentir viva!







terça-feira, 1 de março de 2016

rodopiando impávida galáxia afora....










entrelaçado,
 rente à minha pele está o
(uni)verso
 é um grito que
espera ser encontrado.

 na tua mão está o meu desejo
encontra-me