as ondas quebravam uma a uma. vestia a alma por fora e paria sonhos por pura teimosia, só porque achava que devia continuar a respirar. mas os sonhos, também teimosos por mal paridos ou por outros tropeços do caminho, iam-lhe morrendo no voo e tapando a alma que queria o sol. exaurida, trocou a última réstia de sonho por um lampejo do futuro que não via. o mar cantou para ela.
quinta-feira, 19 de maio de 2016
quarta-feira, 18 de maio de 2016
de la combustion non contrôlée...
adormeceu
arrebatada
pelo
desejo
de
uma
carícia
'e quando explode,
quando me morde
aí sim, é pior
que tudo,
porque eu quero,
hum hum,
cada vez mais.'
sábado, 14 de maio de 2016
a vida como um barco à deriva
começar porque
nada existe antes
de começar..
....
eu sei, raramente podemos ser
o que queremos ser
....
....
quinta-feira, 12 de maio de 2016
a concentração no sentir
(...) estava de pé , docemente agressiva , no ponto de ônibus, sozinha no meio dos outros, de coração batendo fundo, espaçado, sentindo o mundo se transformar. a vida era fascinante, era outra, descoberta com sobressalto, perplexa. num equilibro frágil sofreu um tremor que não se via por fora e que se iniciou bem dentro dela . e se fechasse as narinas e respirasse um pouco menos daquele vento de deserto? tentou por instantes mas logo sufocava. o jeito era mesmo esperar, esperar. talvez minutos apenas, talvez horas, enquanto sua sede era de anos....
(clarice l. por mim)
(clarice l. por mim)
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