segunda-feira, 4 de julho de 2016

a tudo interditos






e ela incendiava o deserto e acariciava o fogo pois sabia que transformar o amor em dever é estratégia, em oposição às oscilações das contingências, em favor da sua permanência. então, este fogo pegava-se à carne e a aura era seu par. porém aquilo que não está fundado sobre o eterno está sujeito a alterar-se em si mesmo e/ou deixar de ser – a transformar-se em outra coisa ou a se esgotAR como um passo na poeira. como um fogo vocal e capital que grudava sobre os telhados. inseguro de si, o amor espontâneo coloca-se à prova constantemente e escraviza-se. tornado dever, o amor liberta-se. tornado dever, o amor deixa de buscar causa ou fruto. vai ao fogo a morte. um fogo sem criador....







inspirado aqui 
https://www.youtube.com/watch?v=rJ78sfTbUik

sexta-feira, 1 de julho de 2016

o indefinível parentesco da alma....





sincronicidade é quando a vida da gente relaxa diante de outra vida e respira suave. não há porque sentir vergonha, defender de coisa alguma nem porque se esforçar para o que quer que seja. o coração pode espalhar os seus desejos secretos. tocar a música que cada instante compõe. bordar cada encontro com as linhas do seu próprio novelo. contar os sonhos. as paisagens que vê diante do mar enquanto cria o caminho. andar descalço, sem medo de ferir os pés.