segunda-feira, 17 de outubro de 2016

um universo malemolente



vivo de coincidências. vivo de linhas que incidem uma na outra e se cruzam  e no cruzamento formam um leve e instantâneo ponto tão fugaz que mais é feito de pudor e segredo.  se me torno coerente e quero andar alinhada com o mundo exterior me estraçalho e me espanto!  os dias me insensibilizam . não dou pão a ninguém. só sei dar umas  palavras e me dói ser tão pobre.  dói muito ter um amor impotente.  tantas vezes me pergunto : o que me terá acontecido na idade da pedra?  algo natural não foi, ou eu não teria conservado até hoje este olhar de lado e não me teria tornado delicadamente invisível.  porém, eu ainda me renovo em palavras.   espero que se tenha renovado um pouco em mim, embora não precise....




"se eu tivesse mais 
almas pra dar
eu daria..."

Djavan

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

tecendo o devir





voando sobre as ondas do si lên cio
quebrado apenas pelo
som do seu respiro

quando nada mais era
a não ser a pureza do vazio

tudo vibrou



quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Como os versos se enrolam e se tocam





com meus pequenos pedaços de poesia sentes como é escrever as palavras? senti-las no corpo. arrancá-las do meu corpo e te entregar, para que as sintas chover em gotas de um amor tão doce (que por pouco não comiam-se). quero enfim, que o poema seja teu e sejamos o poema e eu seja a palavra e tu sejas a poesia.     sentes como te percorro num poema?