Cecília Meireles me acalma num dia inquietante :
"O verso equipara-se às braçadas no oceano. Trata-se de um processo respiratório, de controle de ar. Mergulhar na sensação e subir a tona para respirar. Uma conclusão afetiva do fundo sucedida por uma observação prática da superfície. Subir com os olhos para prever o ponto em que se nadou e novamente mexer os braços em direção ao fundo. Inspirar, respirar. (...)"
[acabei me lembrando de uma cena no final do filme Naúfrago com o Tom Hanks em que ele fala:
- Eu sei o que preciso fazer. Eu preciso respirar.]
enfim acho que é bem isso. alguns se sentem bem no fundo do mar. outros são "peixes de superfície". mas no final estamos todos no mesmo oceano.
Todo dia / Todo dia, todo dia / Todo dia respirar...
vou pra debaixo d´agua.
5 comentários:
Lindo e ai de quem deixe de fazê-lo! beijos,chica
Olá Margoh, aí estão dois paradigmas que me fascinam: poesia e mar! Seria para mim, muito difícil viver sem eles. Parabéns pelo seu Blogue, é muito interessante. Bj.
Em nossa literatura brasileira Cecilia Meireles se destaca por ser uma escritora para todas as idades, não vemos pornografia e nem uma sensualidades indireta, podemos ler sem temer o final triste e sim revelador de uma mulher que amou e colocou nos seus trabalhos a carencia e a cor bela do amor, do infinito, da curiosidade.
Parabens pela escolha, que por sinal é minha preferida, e está no meu perfil, rsss
feliz quarta-feira, beijinho
Nicinha
Também amo Cecília Meireles.
Beijos!
Estás sempre bem acompanhada,dos poetas, os melhores. E eles também se sentem alegres por deixarem sob tua guarda tantas e maravilhosas letras.
Teu canto é tão lindo, tão lindo e cheio de sentires...Na água, na terra ou no ar... Sentires.
Beijos, minha querida guardadora das sentimentalidades.
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