a palavra me escreve,
me descreve
brinca comigo
torna-se sagrada
desenha o meu horizonte
acaricia a face
e simplesmente segue-me
por vezes, em silêncio, outras com risos,
mas também com amargura.
posso por vezes,não ter sentido
contudo é a
mesma falta de sentido
que tem a veia que pulsa
mas o instante
-já é um pirilampo que acende e apaga.
Conserto a palavra
com todos os sentidos em silêncio
Restauro-a
Dou-lhe um som
para que ela fale por dentro
Ilumino-a
Daniel Faria
em Homens que são como lugares mal situados
9 comentários:
Que doçura de poema! Um pirilampo que acende e apaga... Lindo! Não encontrei o lugar de amigos para seguir, mas se me der a honra de me visitar e se inserir no meu mosaico de amigos é só me ensinar e volto pra seguir-te também.Sabe, estou participando do Concurso pena de ouro do blog Bicho do Mato e quase não tenho divulgado, gostaria de contar com seu voto, vale um voto por dia. Caso me julgue merecedora, é só clicar no lado direito da pág, em "Um soneto em Silêncio" e logo embaixo clicar em votar. http://blogdobichodomato.blogspot.com.br/2013/04/um-soneto-em-silencio.html
Desde já agradeço, te espero no meu cantinho também e deixo meus votos de linda semana pra ti!
Puxa, a cada dia, mais maravilhas aqui! beijos,linda semana, iluminada. Aqui chuva!! Mas só na rua...dentro tenho uma reserva de sol,rs beijos,chica
Margoh, outro jeito de segui, que é o que tenho que usar, pois do outro não aparecem os blog que sigo na READER é copiar o link do blog e colocar nas inscrições do READER. Aliás, o meu tá me avisando que tá estourando a fita! beijos,chica
Oi querida
Você escreve divinamente. Sou sua fã de carteirinha.
Você sabe brincar com as palavras como ninguém.
Obrigada
Beijo
Lua Singular
A falta de sentido tem mesmo essa força pulsante, na maioria das vezes.
bjos
Mas já que se há de escrever, que ao menos não se esmaguem com palavras as entrelinhas.
[Clarice Lispector]
Boa Noitinha :)
_bjo
Um dez para a pastagem! Tudo perfeito, inclusive a música que amo! Transcrevo o que estou lendo e tem a ver:
"A todos a vida dá tudo, mas a maioria ignora isso. Minha voz está cansada e meus dedos fracos, mas escuta-me. Disse a palavra Undr, que quer dizer maravilha. Senti-me arrebatado pelo canto do homem que morria, mas no canto e no acorde dele vi meus próprios trabalhos, a escrava que me deu o primeiro amor, os homens que matei, as madrugadas de frio, a aurora sobre a água, os remos. Peguei a harpa e cantei co uma palavra diferente.
- Está bem - disse o outro, e tive de me aproximar para ouvi-lo.
- Tu me entendeste."
Jorge Luís Borges, em undr
Margoh,
Doce poema!
Consertar as palavras em silêncio. Amei!
Um lindo dia! Beijos
Vim aqui parar e adorei. Lindo poema cheio de magia.
Gostei e vou marcar lugar.
Bjs
Vivi
http//esquecimedeviver.blogspot.pt/
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