(..)quando percebeu o ruído na porta, fechou os olhos [fingindo] deixando-o pensar que dormia. não pretendia enganá-lo, sabia que a conhecia, mas esta dormência e silêncio após tanto desassossego e pó levantado a tranquilizava. aquietavam-se os ânimos [finalmente estáticos na sua mente] e pode inventar diálogos amenos. ela então livre, esboça um sorriso por alguma besteira que nunca teria coragem em dizer. recorda de si miúda, olhos grandes . todos os seus pedaços, fiapos, lentamente regressam ao seu corpo, uma suave brisa empurra-os até esse encaixe . recorda passeios de kombi, dias de chuva na praia, um pedaço de goiabada, o aroma de alfazemas da sua mãe. coisas perdidas na memória sem censura, só detalhes pequenos à deriva que se vão pescar de quando em vez para nos salvarmos de coisas muito feias. para serenar e não se morrer.
3 comentários:
Margoh, sem o trivial, sempre! Na complexidade sempre! Vc está se sofisticando muito, doce menina! Amo-te!
Oi Margoth
É minha primeira vez por aqui, mas gostei muito. Seus textos são ótimos! Esse em especial tem um toque de leveza e sensualidade.
Bjos.
http://ashistoriasdeumabipolar.blogspot.com.br/
NA SUAVIDADE DA ESCOLHA ENCONTRO O BALANÇAR DA ESCRITA QUE ENCANTA...
BJSSSSSSSSSSSSSS
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