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todo dia acordo do mesmo lado,
desço a mesma escada, e o som dos meus passos repetitivos me diz:
onde...? onde...? onde...?
todo dia atravesso a mesma praça,
na partida e na chegada, e o canto dos pássaros nas árvores me diz:
quando...? quando...? quando...?
todo dia eu pego o mesmo ônibus, que me leva e me traz, e o murmuro das pessoas nos bancos me diz:
como...? como...? como...?
toda noite, eu durmo e sonho com as múltiplas possibilidades
para os muitos onde, quando, como...
quando acordo pela manhã, os sonhos se recolhem ao esquecimento,
para que a vida possa recomeçar de novo, sem onde, quando e como.
'não me pergunte quem sou
e não me diga para permanecer o mesmo.'
(Foucault)
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7 comentários:
belo texto; adorei Margoh
Beijos
Bom fim de semana
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Boa noite, Margoh,
A terrível rotina em que caímos, na zona de conforto que encontramos, sem nos darmos conta que os sonhos vão passando de dia para dia, porque a vida na tal zona de conforto, afinal é exigente e possessiva demais.
É o preço.
bjo amg
bom fds
O fato é que a própria vida é uma rotina em certos aspectos.
Cada um é que tem que tentar fazer algo p/ q a sua não seja monótona.
Mas tem muitas coisas que não tem como mudar.
Muita inspiração!
"Todo dia ela faz tudo sempre igual
Me sacode às seis horas da manhã
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã"
É o cotidiano de nos todos...
Beijos...
O costumeiro vai e vem da vida, entretanto, embora achemos que seja o mesmo, sempre há algo de novo que, talvez nem percebemos. Mas há. Bjs
bonito.
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