sexta-feira, 25 de setembro de 2015

à espera que a palavra bata e fure o destino



tenho para mim que todas as coisas têm uma certa imaterialidade. o corpo respira. a mente figura a respiração do corpo enquanto o peito cresce.     houve um tempo em que enganava o desespero do corpo, mantendo-o adormecido. de tanto dormir, longe da claridade que queima, a saudade foi-se anestesiando. queria te dizer sobre o espaço contínuo onde um barco adormece o cais ao colo. tu lembras de que disse quando o silêncio se impõe entre os nossos corpos sós?? das estrelas, no mar cativas onde  esperam que as sereias as libertem, onde um deus no mar afogue a escuridão e as falésias sejam pontos de abrigo?  e é assim, nas falésias, que me (re)nasce o coração quando te lembro. neste instante não vive em mim mais nada, perdi a vontade. todos os gritos são mudos.só restando as partes do corpo que você abraçou...




Um comentário:

José Carlos Sant Anna disse...

Dentro de ti as lembranças se corporificam em atos e palavras...
Beijos,