quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Talvez porque não faça sentido perguntar




O que será que havia na tal árvore do fruto proibido? Que propriedade tão louca havia naquela tal maçã que uma mordidinha de nada alterou a rota, transmutando-nos de seres alados à seres expulsos do paraíso?   Passado o tempo, começam a doer as coisas não ditas e vêm as promessas de “nunca, nunca mais deixar de falar ao seu tempo as palavras que se perdem depois para sempre...”Por isso, escrevo cartas sem endereço, elas me perturbam desde que nasceram da nostalgia da minha infância, dos trens que apitavam dolorosamente como o ruído das coisas suspensas.  Eu queria ser Alice, apenas perplexa com a visão da realidade que não passa de sonho..jogo de espelhos...não tem a menor importância... até que alguém me prove o contrário e sem dor. No lado de dentro dos meus olhos tem uma avenida, a vida passa por ela bem mais atrevida...

4 comentários:

Arnaldo Leles disse...

Estou atrasado,
estou muito atrasado!
A única certeza que esta
nostalgia nos dá é que temos que retornar para algum
lugar, Margoh. Se é Órion, não sabemos,
mas é seguindo esta avenida, a mesma estrada de OZ,
e encontrando nossos três companheiros internos,
o leão, o espantalho e o homem de lata. Na verdade há mais metáforas
do segredo da libertação nesses contos infantis, do que naqueles feitos para adultos.
Eu diria que é uma espécie de seleção
das mentes voltadas pra simplicidade e pureza.
Estou atrasado estou atrasado!rsrs!
Um abraço Margoh!

Pedro Coimbra disse...

Dave Allen dizia que Eva passou a ter vergonha de uma parte do corpo depois de comer a maçã.
E que é isso que acontece quando se come maçãs :)))

Milene Lima disse...

Sua bonita! Amo muito essa sua escrita tão simples e ao mesmo tempo dotada de um encanto todo especial. Suas palavras são pétalas. Suas palavras juntas formam um jardim incrível, de aroma rebuscado, elegante.

Beijo, moça.

Gato cinzento disse...

Nessa estrada tinha um gato com um sorriso enorme!