sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

e esse acreditar inesgotável






a tarde avança em lençóis perfumados
e ao anoitecer adquire nome
de ilha ou vulcão
tenho os ouvidos lá fora e o coração atento
mas tu não bates  à minha porta 
e na fria vala da madrugada
ensinas ao meu corpo
a paciência, o amor 
o abandono das palavras
o silêncio 
e a difícil arte 
da melancolia





4 comentários:

Rose Sousa disse...

Que belíssima melancolia poética! Simplesmente maravilhosa poesia!

Luis Eme disse...

Coisa bonita.

Pérola disse...

Palavras que nos carregam para outros mundos,outros eu.

Beijinhos

Pedro Coimbra disse...

À espera do amor...
Boa semana