sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Meu destino não tem siso




dentro de mim, sete mares
que não acalmo -
[mil faces num só instante]


e eternidade.

fora de mim, ora amanso,
ora danço,
ora ranço;
dentro, balanço.




[ainda vai nos levar além]






os elos .os sobressaltos


fora de mim,
que será de mim? se é dentro
que me alcanço.
não fosse tanto
e era quase.
[por quem ardo e não vejo]



aqui fiquemos. aqui acontecem coisas.



[brincando com leminski]



quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Não havia escolha, por isso, era simples






Como posso  falar e entender  a vida senão pela linguagem de  nossos corações? se quando pousas o nome em mim ajeitas a ternura cansada no canto das palavras? assim te povoei e me levei por tudo o que via e pelo que apenas intuía. se você tem olhos sedentos, se teus ouvidos são alegres a captura é certa. em mim você  é desconectado com a razão e com o raciocínio lógico. como agir se a boca acabou de chegar da ausência e ainda treme ao toque dos dedos? e eu espero no hangar silencioso do desejo. espero os olhares mais longos. olhos dançando de rosto em rosto. rostos que talvez nunca se larguem mais. e principalmente  porque há restos de asas, ainda, pousados nos meus lábios.  as chamas estão vivas, estão também em constante movimento e efervescência. em construção.