algumas vezes não dá muito certo sair por ai falando que a vida é bela. de hoje em diante quero a verdade, ainda que seja para ser colocada em sopros sobre um tecido fino, desses que esgarçam à toa como as pétalas [ou as pessoas]. pelo sim, pelo não, ainda prefiro a verdade. é como agarrar a crina de um cavalo quando ele salta eu sinto medo, mas me seguro. com a mentira não dá pra saltar. é o inesperado. o bote da serpente. o fio da lâmina. a hora do blues [aquela em que se desvanecem todos os argumentos] e sobra a dor. que dita assim, de forma quase técnica, dói quase menos. a mentira tem pernas curtas, dedos longos, olhos que se abrem como um semáforo sinalizando PARE!