sábado, 30 de julho de 2016

quando os incêndios ignorarem a ameaça....







(..) às vezes na vida se faz necessário rompimentos com o cotidiano para que possamos ver melhor o sentido do que fazemos, ou a total falta de sentido.hoje por exemplo,ela poderia alegar coisas nobres, ou quase, mas o fato é que ela tem o amanhecer na estrada e uma preguiça cultivada ao longo da estada. preguiça de sofrer, preguiça de explicar a ironia do dia anterior, preguiça daquele olhar sacana que não foi alcançado. poderia crer no futuro, escrever uma canção, começar uma dieta, nunca mais consumir material plástico,mas meu bem, isso é demais pra ela . prefere deixar assim, o dito pelo não visto como coisas que perdemos nos vãos das palavras [e tempos depois se tropeça nelas ou não]. a vida se degrada facilmente na rotina de tentar mantê-la funcionando, por isso a derrota. pode ser a condição necessária para a consciência repousar em paz consigo mesma. vencer sempre pode ser um inferno.... 


*inspirado no livro 
Mito de Sísifo
Albert Camus 


segunda-feira, 18 de julho de 2016

E tem a noite nos olhos....




não existe eu, não existe você, estamos entrelaçados .respiras na minha garganta e apagas a pequena chama. tudo esta sintonizado na mesma canção. você toca com precisão as cordas, primeiro as do meio, depois sente as mãos quentes com um impaciente gemido. e para terminar solta-lhe o peito. sentes  bater nos dedos o primeiro sopro, como uma onda na margem.  ali, todas as coisas são reais. são metamorfoses do que somos verdadeiramente....e treme.




sábado, 16 de julho de 2016

Como um passo na poeira




sempre há uma ordem a nos quebrar os passos
não há corrida que baste para
superar as sombras esféricas do alinhamento