sábado, 30 de julho de 2016

quando os incêndios ignorarem a ameaça....







(..) às vezes na vida se faz necessário rompimentos com o cotidiano para que possamos ver melhor o sentido do que fazemos, ou a total falta de sentido.hoje por exemplo,ela poderia alegar coisas nobres, ou quase, mas o fato é que ela tem o amanhecer na estrada e uma preguiça cultivada ao longo da estada. preguiça de sofrer, preguiça de explicar a ironia do dia anterior, preguiça daquele olhar sacana que não foi alcançado. poderia crer no futuro, escrever uma canção, começar uma dieta, nunca mais consumir material plástico,mas meu bem, isso é demais pra ela . prefere deixar assim, o dito pelo não visto como coisas que perdemos nos vãos das palavras [e tempos depois se tropeça nelas ou não]. a vida se degrada facilmente na rotina de tentar mantê-la funcionando, por isso a derrota. pode ser a condição necessária para a consciência repousar em paz consigo mesma. vencer sempre pode ser um inferno.... 


*inspirado no livro 
Mito de Sísifo
Albert Camus 


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