sexta-feira, 26 de agosto de 2016

os olhos ou o sol por nascer...








aquece-me o corpo frágil o intrigante fato de estar sob  tua mira, tão assim submissa as quimeras e cenários da sua imaginação profana .  não quero asas, nem estrelas, nem flores sem chão  - mas o desejo de ser a noite que me guias e baixinho ao bafo da tua respiração te contar todas as minhas covardias.   nessas noites somos duas pessoas que em um segredo de palavras se despem.   duas pessoas que, ao longe, partilham um instante.   somos duas pessoas.   tudo em nós é igual.   vivemos tudo num instante, a solidão, os dessabores ,as vitórias de quem amamos, o silêncio do inverno, a ternura súbita.     o ar onde a respiração é doce, um pássaro no bosque com a forma de um grito de alegria....




segunda-feira, 22 de agosto de 2016

tudo se desdobra, tudo ramifica


A imagem pode conter: uma ou mais pessoas, pessoas em pé, céu, nuvem, oceano, atividades ao ar livre e natureza





nas voltas da vida ligeira e bela que se desfaz e refaz em fuligens, abrimos caminhos e curvas, vibramos e ressoamos com dores e alegrias, pintamos almas e notas com sonhos ou sinfonias.   você veio para ficar, disso não tenho dúvidas.   os meus diferentes estados de espírito, a volatilidade dos meus pensamentos e a reciprocidade dos teus, tem provado que não há razão para temer o caminho afinal, já dizia meu pai que "só fogem as coisas atrás das quais não se pode correr", e atrás de ti não há célula do meu corpo nem grama da minha alma que não galope (rs).   tudo o que possa soar clichê me agrada e me faz sorrir.    sussurrar ao teu ouvido qualquer coisa que extrapole a simplicidade de um "grata por me entender" é comprido demais para percorrer a distância que nos separa quando contigo (con)verso.    sentimos, inventamos sentidos entre sonoridade e silêncio a cada volta ou encontro tendo o coração como eixo.....



quinta-feira, 18 de agosto de 2016

e quando chega ao lugar em que a mão se abre....



insisto na permanência constante, absoluta, total. 

existo, caminhando, na instável intensidade da 
emoção pura.
 numa realidade de arestas muito agrestes que vejo como um permanente desafio. 

sei que não posso cair mais baixo que o teu coração. nada a recear.