terça-feira, 26 de março de 2013

Por que brota de mim...




quando não me sinto aflita
nem indignada,
tenho  a impressão
de que se podia ir carregando,
carregando sobre o coração
toda ausência.

....

 escrever é exatamente isto,
carregar no coração sem o violentar,

fazê-lo abrir.




Os mais voláteis e rarefeitos traços de amor...clique na imagem



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(...) e minha vida  emerge, fluindo por sobre as circunstâncias que se emaranham mutuamente pelo cotidiano  enchendo(remexendo) meus gestos fúteis, necessários e inúteis da acomodação .  pois bem, então alguém se lembra de dizer: ‘pronto, vai passar. passou, passou’ (fica calma mamady ,diz filhota). e passa! não sem dor, não sem durar o tempo que deveria. mas por não duvidar que vai passar e pela pequena paciência da espera, pelos gestos de carinho(até da gata que é mais arisca), passa. e logo. pode ser que incomode um pouquinho quando molhar, no começo – uma forma de lembrar o que aconteceu - então vai passar. fica uma pequena cicatriz talvez, não sem propósitos. é por ela que não se esquece. a dor passa, o momento passa e o choro também. mas a cicatriz fica. ainda bem. assim, ainda dá pra brincar, para pular, para se entregar e confiar, mas não com a tolice de pensar que nada de mal pode acontecer. pode, pode sim. e efêmera verdade: vai passar. sempre vai, vai sim!   Como uma onda... clique aqui dentro)