a palavra me escreve,
me descreve
brinca comigo
torna-se sagrada
desenha o meu horizonte
acaricia a face
e simplesmente segue-me
por vezes, em silêncio, outras com risos,
mas também com amargura.
posso por vezes,não ter sentido
contudo é a
mesma falta de sentido
que tem a veia que pulsa
mas o instante
-já é um pirilampo que acende e apaga.
Conserto a palavra
com todos os sentidos em silêncio
Restauro-a
Dou-lhe um som
para que ela fale por dentro
Ilumino-a
Daniel Faria
em Homens que são como lugares mal situados