quinta-feira, 9 de maio de 2013

E o bater do meu coração sustenta o ritmo das coisas




Era um senhor de pele bem clarinha que com um sorriso bonito abriu a palestra. Senti seu olhar cruzar  o meu e com uma voz vibrante disse:

 ´Somos pó de estrelas! Mesmo sendo bastante poético, é um fato. Tudo que existe no planeta e ao nosso redor é pó de estrelas.

Quando olhamos para uma praia ou quando olhamos para outra pessoa a maior parte dos átomos que os constituem foi formado em estrelas. Somos de fato pó de estrelas.

 Nós somos pó e ao pó voltaremos. Nós somos pó das estrelas, literalmente.  Feche os olhos e sinta isso.

Quando uma estrela perde o hidrogênio ela explode e seus pedacinhos de poeira, depois de bilhões de anos perambulando pelos céus, começam a se juntar com pedacinhos de poeira de outras estrelas que também explodiram quando morreram. Eventualmente, outros planetas se formam dessas estrelas que explodiram.

No caso da nossa Terra, a sua matéria foi se transformando até surgir a célula viva, que foi se transformando até surgirem todas as manifestações de seres vivos que existem hoje, plantas e animais.

Somos uma dessas manifestações. Sim você é pó de estrela.  A terra, a água, as rochas, os cristais, as pedras preciosas, tudo e todos, somos pó das estrelas.

Nossas células quando morrermos vão se transformar, mas sempre serão parte do planeta.

Mais tarde quando nós explodirmos com a Terra e sua poeira se espalhar, nossos átomos vão se espalhar e se juntar eventualmente com a poeira de outras estrelas para formarmos ainda outras estrelas.

Portanto, abra os olhos, desaperte teu coração e deixe enfim tua estrela livre pra brilhar´



"Criem um equilíbrio interior, através da grande capacidade de viver o momento presente.

Se dediquem, hoje, a fazer o melhor de hoje.

Planejem, mas, vivam as possibilidades.
Não tenham tantos medos dos erros, nem das incertezas.
Simplesmente porque as coisas se resolvem."


Mestre El Morya




quarta-feira, 8 de maio de 2013

O mesmo verbo




“Falava sobretudo de amor e solidão, esta dor tão bem disfarçada diante de nós, que nos cruzávamos todos os dias com ela e não desconfiávamos de nada.
O caderno não incluía as cartas do namorado. De resto, recebeu poucas: nove em oito meses. Lysia contava-as, obviamente. Guardava-as, relia-as constantemente. Onde as guardava? Talvez junto ao coração, junto ao corpo, junto à pele, como escreveu.
Poucas cartas, porquê? Falta de tempo? De espaço para as escrever? Ou de vontade?
Sabemos sempre o que os outros representam para nós, mas nunca sabemos o que somos para ele.
Philippe Claudel, in “Almas Cinzentas”



[e saber que estiveram perto. tão perto… mas tão perto!]




terça-feira, 7 de maio de 2013

E eu que só estava de passagem



hoje prefiro esquecer
as forças gravitacionais
que me atam firmemente ao chão


talvez seja preciso beijar o acaso
sentir as flutuações do humor
olhar com carinho para os caminhos estranhos
que começamos a percorrer sem razão lógica ou aparente



o tempo faz tudo valer a pena
e nem o erro é desperdício



penso quando eu parti
assim... sem olhar pra trás
como um navio que vai ao longe
e já nem se lembra do cais



aí começo a pensar que nada tem fim...
que nada tem fim...