ela fecha o livro emocionada. "...irmão das coisas fugidias..." assim diz a poetisa. assim tem sentido. assim tem caminhado por uma estrada tantas vezes estreita demais. e, as coisas fugidias que parecem afastar-se poe efeito das perspectivas, como o tempo a se declinar rapidamente, embalam sua caminhada. sempre vai querer mais do que o dito. sempre vai procurar amor-perfeito por aí. olhar o trem que não vem [ só em seus sonhos]. estar sentada no lado da janela e ver a paisagem correr. sentir o cheiro de jasmim mesmo sendo outono. sentir o frio cortando a face e desejar boa sorte para quem lhe cruzar os olhos. hoje esta faminta de palavras que possam "desatormentar" o dia brilhante de sol e coragem. as coisas fugidias lhe encantam. suspira por elas, quando no fundo perde a direção se não tem coisas certas [palpáveis]. como se agarrar-se a elas lhe desse um pouco mais de fôlego para a vida.
[ e com olhos de criança
ela deseja: vida, cuida bem
de mim ]
de mim ]